sábado, 7 de maio de 2011

PRO INFERNO!

Se você, cortar os seus cabelos
Raspar as suas pernas
Pintar as suas unhas
Pra bonita ficar

Então você:
Vai parar no inferno
Vai queimar no inferno
Vai morar no inferno
Junto com Satanás
(ieh? Paz de Deus irmão)

Se você, não seguir o pastor
Não ser bom eleitor
E não votar em quem eu mandar
Se você, não odiar o veado
Não se sentir culpado
Quando se masturbar

Então você:
Vai parar no inferno
Vai queimar no inferno
Vai morar no inferno
Junto com Satanás
(é isso aí minha assembléia)

Se você, for tomar a pílula
Ou usar camisinha
Quando quiser transar
Mesmo com quinze filhos
Sem dinheiro no bolso
Pra poder os criar

Então você:
Vai parar no inferno
Vai queimar no inferno
Vai morar no inferno
Junto com Satanás
(viva o papa)

Se você, comer algo errado
Ou ir trampar no sábado
Pro dim-dim reforçar
Se você, acreditar na ciência
E quiser coerência
Na razão, no pensar

Então você:
Vai parar no inferno
Vai queimar no inferno
Vai morar no inferno
Junto com Satanás
(é pra Ellen White)

Se você, não me der seu dinheiro
Todo o seu dinheiro
E quando esse acabar
Não arranjar mais dinheiro
E trazer mais dinheiro
Para esse lugar

Então você:
Vai parar no inferno
Vai queimar no inferno
Vai morar no inferno
Junto com Satanás
(abraços mestre Edir e beijos bispa Sônia)

Se você, cantar no aniversário
Não acatar o vigário
Ancião salafrário
Da`ssociação
Pra você
Um bom sexo oral
Ou sangue no hospital
É pecado mortal

Parabéns pra você
Nesta data querida
Pro seol você vai
Para o resto da vida

Agora todos os cristãos

Os budistas: vão queimar no inferno
Xistoístas: vão queimar no inferno
Hinduístas: vão queimar no inferno

Agora a turma do Edir:

Os católicos: vão queimar no inferno
Os espiritas: vão queimar no inferno
Candomblé: vão queimar no inferno

Meu caro Mohamed

Todos vocês

Vão parar no inferno
Vão queimar no inferno
Vão morar no inferno
Não tem como escapar

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Curiosidade sobre nossos sentidos

Crianças curadas para cegueira não reconhecem formas aprendidas pelo tacto.
Um grupo de crianças a quem foi cirurgicamente devolvida a vista, não foi capaz de identificar visualmente formas que tenha conhecido antes pelo tacto.

Isto responde a algumas questões acerca do modo como integramos a informação proveniente dos vários sentidos, sobretudo acerca do modo como esse problema deve ser abordado.

É também esclarecedor do modo como construimos ideias abstractas. Nomeadamente que torna muito mais plausível que conceitos relacionados com formas sejam adquiridos e não inatos. Não só são aprendidos pela experiência como se não houver uma boa integração dos sentidos o conceito criado é inútil para novas aplicações.

Isto lança também mais uma pedra no charco lamacento do mundo das ideias de Platão, que apesar de largamente esquecido pela comunidade cientifica, ainda permanece suavemente incrustado nas ideias de muita gente, sob a forma de um essêncialismo crónico.

Os conceitos são mapas, não são as coisas em si. E o conceito de uma forma, digamos de um circulo não é o circulo em si, muito menos o circulo perfeito como dizia Platão. É preciso separar o mapa e o território, pelo menos não esquecermos que o que sabemos é sempre mapa que pode ou não descrever território.

Mas a mim também me surpreende um ou dois aspectos deste estudo. Não pensei que o córtex visual não fosse usado de todo quando se apalpa um objecto e se tenta construir uma abstracção da forma. Por um lado. Por outro esperava que a evolução tivesse deixado algumas formas pré-programadas, inatas, apenas à espera de serem chamadas a uso.

domingo, 17 de abril de 2011

Unh! Intrigante !!!

Piada Matemática

Homeopatia

Curiosidade

Curtinhas



Curtinhas



Se pelo menos deus me desse um sinal! Algo como fazer um depósito gigantesco em meu nome num banco suíço.


Woody Allen

É MUITO MELHOR ACEITAR A VERDADE DURA DO QUE UMA FÁBULA RECONFORTANTE

Carl Sagan

Velho - Novo livro













Ser humano é o "terceiro chimpanzé", diz biólogo

Clássico de americano utiliza humorpara investigar a natureza humana

Livro que chega neste ano ao Brasil traz ideias seminais sobre raízes do sexo, do preconceito, da violência e do vício

"Ainda não temos uma Grande Teoria Unificada do Tamanho do Pênis", brinca o biólogo americano Jared Diamond, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, quando a reportagem da Folha aborda esse tema.
"Nossa incapacidade de explicar o tamanho desmesurado do pênis humano continua sendo um dos fracassos mais embaraçosos da ciência moderna", completa Diamond, que gastou alguns dos parágrafos mais divertidos da história da biologia evolutiva enfrentando a questão no livro "O Terceiro Chimpanzé".
A obra, clássico de 1991 que só agora chegou ao Brasil, consegue a façanha de transformar a discussão em algo um bocado relevante.
Ocorre que, entre os grandes macacos ""grupo dentro do qual o homem se encaixa como o terceiro chimpanzé do título, ao lado do chimpanzé-comum e do chimpanzé-pigmeu ou bonobo"", o tamanho relativo do corpo, dos testículos, dos pênis e dos seios é a chave para entender a natureza de cada espécie.

EM FAMÍLIA
O resumo dessa ópera bufa está no infográfico à direita, baseado numa ilustração do próprio livro. Se um biólogo de Marte baixasse por aqui, só precisaria desses dados para saber que 1)chimpanzés são promíscuos, 2)gorilas formam haréns e 3)humanos são, bem, "fracamente monógamos".
Os gorilas são o caso mais fácil. A brutal diferença de tamanho entre machos e fêmeas implica que eles podem, na base do muque, monopolizar várias feito sultões. Daí os testículos e pênis pífios.
Chimpanzés, mais igualitários fisicamente, adotam a promiscuidade ""e testículos imensos para dar conta dela. E os humanos trocaram as despesas com esperma pelas com canções de amor, chocolates e idas ao cinema.
"A evolução de uma sexualidade distinta parece ter sido uma das chaves para tornar os seres humanos únicos, embora seja difícil dizer a que época remonta a nossa quase-monogamia", diz o autor.
Que o leitor não pense, porém, que o livro é só sexo. É nele que aparecem, pela primeira vez, as importantes e polêmicas ideias de Diamond sobre os "vencedores" e "perdedores" da história.
Ou seja: por que europeus conquistaram as Américas e a África, e não o contrário?
A resposta, depois ampliada pelo cientista na obra "Armas, Germes e Aço", envolve esses três fatores ""mas principalmente o fato de que Europa e Ásia possuíam mais espécies domesticáveis de animais e plantas, ganhando um "pontapé inicial histórico" melhor que o resto da Terra.
Aliás, Diamond diz que, apesar do tempo transcorrido, pouco mudaria no livro hoje. Mas faria uma alteração pontual. Hoje, ele considera que os falantes da língua ancestral de quase todos os idiomas da Europa foram justamente os primeiros agricultores vindos da atual Turquia.

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Folha de São Paulo


O TERCEIRO CHIMPANZÉ
AUTOR
Jared Diamond
EDITORA Record
QUANTO R$ 59,90
AVALIAÇÃO ótimo


Velório animado

Às 2h da manhã de um sábado no Bronx, a pista de dança estava lotada, as bebidas fluíam e um grupo de mulheres jovens com cortes de cabelo estilosos e saltos altos tinha acabado de chegar, prontas para cair na noite.

Poderia ser qualquer clube noturno ou festa de casamento – exceto pelas camisetas, pôsteres e CDs com a foto de uma mulher mais velha e elegante. A festa do barulho era, na verdade, o velório de Gertrude Manye Ikol, uma enfermeira de 65 anos de Gana que morreu dois meses antes. A alguns quarteirões dali, os convidados saíam de um funeral ainda mais animado.

Os irlandeses podem ser conhecidos por seus velórios festivos, mas os ganenses aperfeiçoaram o funeral exagerado. E na cidade de Nova York, essas festas ancoram o calendário social da comunidade cada vez maior de imigrantes da nação do oeste da África.

Quase todos os finais de semana, nos auditórios das igrejas e clubes da cidade, há eventos que duram a noite inteira, com open bar e música de rachar os vidros. Enquanto as famílias guardam dinheiro para cobrir as despesas com os funerais, equipes prósperas de DJs, fotógrafos, videógrafos, bartenders e seguranças mantêm tudo funcionando enquanto ganham um bom dinheiro.

Pode ou não haver um corpo presente, ou um clérigo. As crenças expressas podem ser cristãs evangélicas, católicas romanas ou seculares. A pessoa pode ter morrido em Nova York ou na África, há alguns dias ou até meses antes. Mas os funerais todos servem ao mesmo fim, como festas beneficentes para as famílias em luto e reuniões noturnas para enfermeiras ganenses, estudantes e taxistas dançarem para esquecer a dura vida de imigrantes em Nova York.

“Para nós é uma celebração, mas para um norte-americano, eles veem como um lugar de tristeza”, gritou Manny Tamakloe, 27, mecânico de aeronaves, mais alto do que a música enquanto bebia uma Guinness no velório de Ikol. “Se você for ganense e vier aqui, verá 10 ou 12 pessoas que conhece e elas o apresentarão a alguém. E antes de você perceber, acaba conhecendo todo mundo.”

“Por que você vai ao bar”, perguntou ele, “se pode vir aqui e ter tudo de graça?”

Casamentos, batizados e aniversários são todos muito celebrados nos círculos ganenses, mas poucos se igualam à escala e ao nível de decibéis de um funeral. Quando Kojo Ampah, 34, não tem planos para o final de semana, ele telefona para o seu amplo círculo de colegas expatriados para perguntar: “Ei, tem algum velório acontecendo?”

Geralmente abertos para todos, os funerais se tornaram maiores e mais frequentes nos últimos anos à medida que a população de ganenses na cidade de Nova York cresceu e se estabeleceu, dizem líderes comunitários. As estimativas do último censo mostram que há cerca de 21 mil ganenses na cidade, principalmente no Bronx, em comparação aos 14 mil que havia em 2005.

As festas são muito esperadas, promovidas com semanas de antecedência com publicidade online - “Reserve esta data”, dizia uma, “quando eu celebro a vida da minha mãe” – ou com pilhas de panfletos encerados nos restaurantes e mercearias africanos. Os panfletos costumam parecer pôsteres de teatro, com fotos da família e dos amigos em luto, conhecidos como os “carpideiros-chefe”, além dos créditos do mestre de cerimônias e da equipe técnica.

Um funeral bem frequentado tem um grande prestígio social – e quanto maior a festa, melhor. Numa noite de sexta-feira, quando Tamakloe já tinha ido a dois velórios, ele descreveu os arranjos para o memorial a um estranho que aconteceria no Bronx.

“Todo mundo está dizendo que este será o velório mais quente do ano”, disse ele.

O engenheiro Henry Boateng passou meses planejando o funeral de seu pai, Albert Ernest Boateng, que morreu em julho em Gana, neste sábado. Ele prevê que pelo menos 300 pessoas aparecerão.

As festas são um costume importado diretamente de Gana, onde os funerais são conhecidos mundialmente por seu tamanho e extravagância. Os caixões lá às vezes lembram carros alegóricos; o de um atleta pode ter a forma de uma bola de futebol, o de um pescador, a forma de um barco.

Em Gana, “o gasto mais significativo que você terá na vida não é o do seu casamento, mas o do seu funeral”, disse Brian Larkin, professor de antropologia que estuda a cultura do oeste da África.

“As pessoas entram numa exibição competitiva”, disse ele.

Como em Gana, os convidados dos velórios em Nova York não precisam conhecer o morto nem mesmo a família. Mas espera-se que eles exprimam suas condolências para a família, abram espaço na pista de dança e doem US$ 50 a US$ 100 – embora muitos não paguem – para ajudar a enviar o corpo de volta para a África ou cobrir outros gastos. Uma grande festa pode levantar milhares de dólares.

De fato, os funerais são o centro de uma economia vibrante. Henry Ayensu, dono de uma gráfica chamada Cre8ive House no Bronx, diz que imprimiu panfletos para 12 funerais ganenses nos últimos dois meses, muito mais do que o de costume.

Os fotógrafos são essenciais. Seis trabalharam no funeral de Ikol em 4 de março, e cada um levou um laptop, uma impressora colorida e um assistente. Eles tiraram fotos dos presentes, imprimiram-nas no local e as venderam por US$ 10 a US$ 20 cada.

Os funerais se tornaram tanto uma mina de dinheiro que às vezes faltam pretextos para eles, disse Ampah. Um novaiorquino, por exemplo, pode dar uma festa para o marido da sobrinha de um primo que morreu em Gana, mesmo que os dois nunca tenham se encontrado e muito pouco do lucro seja destinado à família na África.

Ampah disse que um taxista que ele conheceu ganhou US$ 6 mil num evento desses. “As pessoas não reclamam de pagar porque estão felizes por vir demonstrar apoio e se divertir”, disse ele.

Os funerais costumam começar por volta das 22h com bênçãos religiosas, cerimônias e discursos em inglês e Twi, uma língua de Gana. À meia-noite, a dança começa. Às 2h da manhã, chegam os penetras, e a festa chega ao auge.

Do lado de fora do funeral de Ikol, que aconteceu no saguão de uma igreja perto da avenida Tremont no Bronx, pessoas que chegavam tarde estavam paradas ao lado de seus carros, trocando jaquetas e calças jeans pela espécie de toga tradicional em vermelho e preto, as cores do luto. Meia dúzia de seguranças guardavam a porta.

“Quando eles forem embora, já serão 5h da manhã – sempre”, disse Carlos Rozano, um segurança que trabalhou em mais de uma dezena de funerais ganenses.

Do lado de dentro, o mestre de cerimônias elogiava Ikol por ser um católico devoto e um amigo leal, com a voz amplificada por uma torre de alto-falantes de 4,5 metros. A música começou, e lá pelas 2h, o salão pulsava com os sons da highlife, uma variedade de jazz ganense, músicas de big-band e ritmos africanos. Uma câmera de vídeo capturava a cena, que era projetada numa tela gigante acima do palco.

Francis Insaidoo, um bioquímico que recentemente se mudou para Nova York, disse que os funerais o fazem lembrar que ele pertence a uma comunidade. “Sinto que não estou sozinho”, disse ele.

Ele disse que não conhecia Ikol, mas seu colega de apartamento sim. O colega, bebendo uma cerveja, reconheceu com um dar de ombros que na verdade também não o conhecia.

“Você vem pela festa”, disse Insaidoo.


The New York Times
Sam Dolnick
Nova York (EUA

Tradução: Eloise De Vylder

domingo, 27 de março de 2011

Dica de Leitura


Acabei de ler o excelente livro do criador do software word da microsoft. Abaixo uma matéria sobre o livro feita pela Folha de São Paulo:

Cuidado com este texto. Cuidado com este livro. Ele pode destruir suas pretensões com um choque de realidade. "Vírus da Mente" foi escrito por Richard Brodie, cultuado por gerações de nerds como o criador do Microsoft Word, programa de texto utilizado em todo o mundo. Ele também se especializou na "memética", o estudo dos aspectos autorreplicadores da cultura. Mas o que isso quer dizer?

"Vírus da Mente" vai fazê-lo pensar sobre pensamentos, com o perdão da redundância. Como assim? Você descobrirá que muito do que você fala, defende, critica, julga, odeia, venera foi implantado em sua mente por poderosas estruturas, como a religião, a publicidade, a TV, o cinema, os jornais, as revistas, os gibis, a internet, seus ídolos, amigos...

O livro é dividido em 12 capítulos: "Memes", "Mente e Comportamento", "Os vírus", "A evolução", "A evolução dos Memes", "Sexo: A Raiz de toda a Evolução", "Sobrevivência e Medo", "Como Somos Programados", "Vírus Culturais", "A Memética da Religião", "Vírus Maquinadores (como fundar uma seita", "Desinfecção".

Brodie sustenta que o homem é infectado pelos "vírus da mente", os memes, ideias que são marteladas desde a nossa infância, uma repetição potencializada pela internet, as redes sociais, em que vamos incorporando, sem perceber, novas percepções da realidade. As sutilezas desses processos de "contaminação" são esmiuçados pelo autor neste livro.

Comos somos programados

"Há dois tipos de pessoas no mundo: as que entram numa sala e ligam a televisão, e as que entram numa sala e a desligam." (Raymond Shaw, protagonista do filme "Sob o Domínio do Mal")

Aqui está o capítulo pelo qual vocês todos esperavam. Nele ensinarei tudo que vocês precisam saber para manipular pessoas, usando memes e botões genéticos, para levá-las a fazer exatamente aquilo que vocês querem que elas façam. He-he-he...

Você sabe o que é um meme - um pensamento, uma crença ou atitude em sua mente, que podem ser transmitidos para outras mentes, ou delas para a sua. Você sabe que nós, seres humanos, somos o veículo para a evolução dos memes. Você entende como a evolução funciona por meio da seleção natural - a sobrevivência dos mais aptos. E também já sabe como nossa evolução genética nos dotou de "botões": tendências a prestar especial atenção a certas coisas - principalmente ao perigo, ao alimento e ao sexo - que nos ajudaram a sobreviver e a nos reproduzir nos tempos pré-históricos.

Agora vem a parte assustadora e desconcertante:

Os memes entram em nossa mente sem pedir permissão. Eles se tornam parte de nossa programação mental e influenciam nossa vida sem que nós nem mesmo tenhamos consciência disso.

Neste capítulo, mostrarei como somos programados por novos memes e começarei a discutir o que podemos fazer para impedir a infecção por programação indesejáveis.

Infecção por memes

Somos infectados por novos memes de três modos distintos. Vou apresentá-los agora e, mais adiante, discutirei cada um mais detalhadamente.

- O primeiro modo de infecção é o que ocorre por condicionamento, ou repetição. Se ouvirmos alguma coisa sendo repetida muitas vezes, ela se tornará parte de nossa programação. Os publicitários e vendedores sabem disso muito bem. Qualquer bom livro sobre vendas deixa claro que a maioria dos clientes só se decide a comprar algo depois de cinco a sete tentativas do vendedor. É preciso repetir tantas vezes assim para implantar no cliente o meme "compre-me".

- O segundo modo ocorre por meio de um mecanismo conhecido como dissonância cognitiva. Quando as coisas não fazem sentido, nossa mente luta para torná-las compreensíveis e lógicas.

Imagine, por exemplo, que um amigo esteja chateado com você, mas que você não sabe por que ele está assim. Você tem dois memes em conflito - amigo e chateado amigo. Para resolver o conflito, ou a dissonância, você cria novos memes, reorganizando sua programação memética para que as coisas voltem a fazer sentido. "Ah, ele está chateado porque pagou o almoço nas últimas três vezes", talvez você conclua. Certo ou errado, você agora tem um novo meme sobre seu amigo e o almoço, e esse meme vai influenciar seu comportamento futuro.

Ouvi dizer que os gênios formulam suas ideias originais mais brilhantes por meio da dissonância cognitiva autoimposta. Como você pode ver, então, esse método de programação funciona particularmente bem com pessoas inteligentes, porque, na verdade, você acredita que o novo meme é ideia sua.

- O terceiro modo como os memes entram em nossa mente consiste em tirar vantagem de nossos botões genéticos à maneira do cavalo de Troia. Como vimos, por causa de nossa natureza há certas coisas às quais tendemos a ficar especialmente atentos, como os avisos de perigo, os gritos de crianças e a atração sexual. Somos suscetíveis e feixes de memes que acionam nossos botões em busca de atenção e, depois, introduzem sorrateiramente alguns outros menes junto com eles.

O fato de sermos simplesmente programados por novos memes não é igual a pegar um vírus mental plenamente desenvolvido, mas os vírus mentais recorrem a um desses métodos, ou a todos eles, quando fazem sua invasão inicial de nossa mente. No final deste capítulo, vou juntar tudo e mostrar como esses ingredientes variados se combinam para criar os vírus da mente.


Autor: Richard Brodie
Editora: Cultrix
Páginas: 256

Resumo extraído

da Livraria da Folha

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Síndrome rara fez americana ser atacada pela própria mão



Imagine ser atacado por uma de suas próprias mãos, que tenta repetidamente estapear e socar você. Ou então entrar em uma loja e tentar virar à direita e perceber que uma de suas pernas decide que quer ir para a esquerda, fazendo-o andar em círculos.

Essa realidade é bem conhecida da americana Karen Byrne, de 55 anos, que sofre de uma condição rara chamada Síndrome da Mão Alheia.

A síndrome de Byrne é fascinante, não somente por ser tão estranha, mas também por ajudar a explicar algo surpreendente sobre como nossos cérebros funcionam.

O problema começou após ela passar por uma cirurgia, aos 27 anos, para controlar sua epilepsia, que havia dominado sua vida desde seus 10 anos de idade.

A cirurgia para curar a epilepsia normalmente envolve identificar e depois cortar um pequeno pedaço do cérebro no qual os sinais elétricos anormais se originam.

Quando isso não funciona, ou quando a área danificada não pode ser identificada, os pacientes precisam passar por uma solução mais radical.

No caso de Byrne, seu cirurgião cortou seu corpo caloso, um feixe de fibras nervosas que mantém os dois hemisférios do cérebro em permanente contato.

Novo problema
O corte do corpo caloso curou a epilepsia de Byrne, mas a deixou com um problema totalmente diferente. Ela conta que inicialmente tudo parecia bem, mas que então os médicos começaram a notar um comportamento extremamente estranho.

‘O médico me disse: ‘Karen, o que você está fazendo? Sua mão está te despindo’. Até ele dizer isso eu não tinha percebido que minha mão esquerda estava abrindo os botões da minha camisa”, diz.

“Então eu comecei a abotoar a camisa novamente com a mão direita, mas assim que eu terminei, a mão esquerda começou a desabotoar de novo. Então o médico fez uma chamada de emergência para um outro médico e disse: ‘Mike, você precisa vir aqui imediatamente, temos um problema’.”

Karen Byrne havia saído da operação com uma mão esquerda que estava fora de controle. “Eu acendia um cigarro, colocava-o no cinzeiro e então minha mão esquerda jogava-o fora. Ela tirava coisas da minha bolsa sem que eu percebesse. Perdi muitas coisas até que eu percebesse o que estava acontecendo”, diz.

Em alguns casos, a mão esquerda dela chegava a estapeá-la, sem controle. Ela conta que seu rosto chegava a ficar inchado com tantos golpes.

Luta de poder
O problema de Byrne foi provocado por uma luta por poder dentro de sua cabeça. Um cérebro normal é formado por dois hemisférios que se comunicam entre si por meio do corpo caloso.

O hemisfério esquerdo, que controla o braço e a perna direitos, tende a ser onde residem as habilidades linguísticas. O hemisfério direito, que controla o braço e a perna esquerdos, é mais responsável pela localização espacial e pelo reconhecimento de padrões.

Normalmente o hemisfério esquerdo, mais analítico, domina e tem a palavra final nas ações que desempenhamos. A descoberta do domínio hemisférico tem sua raiz nos anos 1940, quando os cirurgiões decidiram começar a tratar a epilepsia com o corte do corpo caloso.

Após a recuperação, os pacientes pareciam normais. Mas nos círculos psicológicos eles se tornaram lendas. Isso porque esses pacientes revelariam, com o tempo, algo que parece incrível – que as duas metades do nosso cérebro têm cada um uma espécie de consciência separada. Cada hemisfério é capaz de ter sua própria vontade independente.

Experiências
O homem que fez muitas das experiências que primeiro provaram essa tese foi o neurobiólogo Roger Sperry. Em um estudo particularmente notável, que ele filmou, é possível ver um dos pacientes com o cérebro dividido tentando resolver um quebra-cabeças.

O quebra-cabeças exigia o rearranjo de blocos para que eles correspondessem a padrões em uma imagem. Primeiro o homem tentou resolver o quebra-cabeças com sua mão esquerda (controlada pelo hemisfério direito), com bastante sucesso.

Então Sperry pediu ao paciente que usasse sua mão direita (controlada pelo hemisfério esquerdo). Essa mão claramente não tinha nenhuma ideia de como fazê-lo.

A mão esquerda então tentou ajudar, mas a mão direita parecia não querer ajuda, então elas terminaram brigando como se fossem duas crianças.

Experiências como essa levaram Sperry a concluir que “cada hemisfério é um sistema de consciência isolado, percebendo, pensando, lembrando, raciocinando, querendo e se emocionando”.

Em 1981 Sperry recebeu um prêmio Nobel por seu trabalho. Mas em uma ironia cruel do destino, ele então já sofria com uma doença degenerativa do cérebro, chamada kuru, provavelmente contraída em seus primeiros anos de pesquisas com cérebros.

Medicação
A maioria das pessoas que tiveram seus corpos calosos cortados parecem normais posteriormente. Você poderia cruzar com eles na rua e não saberia que algo havia acontecido.

Karen Byrne teve azar. Após a operação, o lado direito de seu cérebro se recusava a ser dominado pelo lado esquerdo.

Ela sofreu com a Síndrome da Mão Alheia por 18 anos, mas felizmente para ela seus médicos encontraram uma medicação que parece ter trazido o lado direito de seu cérebro de volta ao controle.

A história de Byrne foi contada no último programa da série da BBC "The Brain" (O Cérebro), que foi ao ar no Reino Unido na quinta-feira.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Se eu não tivesse você

homenagem ao Papa

mais uma de amor

1984

Tim Minchin

ótima

Amor verdadeiro

Lado negro

Vinho branco ao sol

Mente aberta

Eu sou Rock

Introdução

5 viados e 1 piano

Hello

Não é perfeito

Balado do nerd

O bom livro

domingo, 9 de janeiro de 2011

The big bang theory - Theme

Explosão solar 6ª parte

Explosão solar 5ª parte

Explosão solar 4ª parte

Explosão solar 3ª parte

Explosão solar 2ª parte

Explosão Solar 1ª parte

Curtinhas