quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Isto lhe soa estranho?


     No decorrer de nossa breve existência, temos criado formas de cultuar divindades um tanto quanto estranhas. Muitas religiões praticavam a oferenda com sacrifícios de animais (nunca entendi como um ser infinitamente superior poderia desejar e se satisfazer com este tipo de atitude) e outras iam além, oferecendo ao seu deus sacrifícios humanos.
Os Astecas, povos antigos da América Central, praticavam o sacrifício humano em seus rituais em grande escala. Acredita-se que uma pessoa era sacrificada por dia com o intuito de ajudar o sol (um dos deuses Astecas) a nascer.
Os Maias, civilização extinta também da América Central, tinham o costume de praticar sacrifícios humanos. Os relatos mais minuciosos sobre os ritos de sangue maia provêm do Período Pós-Clássico. Entre eles, a cena da extração do coração ainda pulsante de um guerreiro para oferecê-lo aos deuses.
Os jovens guerreiros pertencentes às elites inimigas eram as presas mais cobiçadas. No caso de capturar um governante, ou um chefe principal, a vítima era reservada para ser decapitada durante uma cerimônia especial. Por outro lado, quanto mais distante geográfica ou culturalmente fosse o povo cativo capturado, mais os maias o depreciavam para o sacrifício. Segundo o relato, as vítimas preferidas deviam ser simultaneamente, estrangeiras e próximas.
Os métodos de sacrifício eram diversos. Durante o Período Clássico foi posto em prática o esquartejamento, realizado em ocasiões durante um tipo de jogo de bola.
O Templo dos Jaguares e dos Guerreiros em Chichén Itzá foram âmbitos privilegiados para a prática dos sacrifícios humanos.
Os cronistas espanhóis descrevem o equipamento dos sacerdotes: resina de copal para utilizar incenso, pintura negra e facas de sacrifício.
Segundo o pensamento maia, os ritos eram imprescindíveis para garantir o funcionamento do universo, os acontecimentos do tempo, a passagem das estações, o crescimento do milho, e a vida dos seres humanos. Os sacrifícios eram necessários para assegurar a existência dos deuses, repondo seu consumo periódico de bioenergia.
Poderíamos afirmar que tais práticas fazem parte de um passado distante de nossa civilização e que hoje tais coisas seriam impensáveis. Mas vejamos as práticas abaixo descritas e diga-me sinceramente se você consegue se ver entre seus praticantes.

Noite de culto. O templo está lotado. Após um discurso do líder do culto onde se lembrou a necessidade de se adorar e servir a deus formam-se filas para a grande celebração onde se bebe o sangue humano e se pratica o canibalismo de comer carne humana.

Outro culto. Este templo também esta lotado. Pessoas estão trazendo várias oferendas que são depositadas aos pés de uma estatua de um enorme elefante. Pessoas de joelhos e com lagrimas nos olhos pendem que seu deus elefante os proteja e olhe por eles, depois disso tudo vão se banhar num rio poluído e imundo, mas sagrado.

O pai esta dirigindo em alta velocidade. É necessário levar sua filha ao hospital o mais rápido possível. Porém há algo mais importante a fazer neste instante. Para o carro, desce, bota um tapete no chão e ajoelha para oferecer uma prece a seu deus.

Com o intuito de agradar aos deuses, um grupo de pessoas se afastam totalmente da civilização. Vivem presos em grandes construções passando o dia todo meditando e oferecendo preces. Para suprir suas necessidades, saem às ruas pedindo dinheiro às pessoas.

Soa-lhe estranho essas formas religiosas? Parecem-lhe atitudes religiosas de povos do passado? Não! Estamos aqui falando do cristianismo, hinduismo, Islamismo e budismo respectivamente.
Na maioria das vezes, abrimos mão de todo nosso censo crítico quando se trata de religião e na maioria das vezes não chegamos nem a perceber o quão sem sentido são nossas ações.

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