Religião... O que mais me fascina nas religiões é a facilidade que se tem de responder a toda e qualquer pergunta. Não existem problemas sem soluções. Nem que a solução venha muitas vezes a causar mais duvidas que antes. A falta de pudor em se mudar o rumo, o sentido, a idéia, o dogma, a doutrina das coisas é tal que poderia até ser hilário se não fosse trágico (afinal tudo isso acaba tendo um preço).
É comum as religiões chamarem seu conjunto de ensinos e doutrinas de "verdade". É importante frisar, que "verdade" termo como é aceito pela maioria das religiões, é "Aquilo que é ou existe iniludivelmente". Ao chamar seus ensinamentos de "verdade" sem querer a religião provê bases para poder se estabelecer um julgamento de comprovação de seus ensinos. Alguns exemplos:
- A Infalibilidade Papal.
Este é um dos dogmas do catolicismo, e entre outras coisas (como pode ser percebido pelo título) diz que o papa, representante de Deus na terra, é infalível em seus conceitos, e nunca, jamais comete erros.
Essa é uma doutrina que pode ser examinada de maneira cética, afinal houve muitos papas. Será que nenhum ensinamento papal foi alterado, anulado ou corrigido por estar em desacordo com àquilo que por falta de um termo melhor, convencionou-se chamar realidade.
Os fatos mostram que, a maioria dos ensinamentos do passado tiveram que ser revistos e corrigido. Recentemente o atual papa (João Paulo II) pediu perdão em público por vários erros históricos de sua igreja. Entre esses erros que mereceram um pedido formal de desculpas, está o tão famigerado julgamento do cientista Galileu Galilei. À época, a igreja e seu representante, o papa, tinha uma idéia a respeito dos sistemas planetários, achando que a terra imóvel, estática, era o centro do universo, e que, portanto o sol, a lua e todos os demais astros giravam ao seu redor. Galileu como se sabe, adotou um ponto de vista diferente. Baseado em estudos, analises, observações e cálculos, Galileu tinha deveras todos os motivos para dizer que a Terra não era estática. O resultado foi que Galileu por causa desse ensinamento foi obrigado a se retratar, acabando por fim sendo prisioneiro em seu próprio lar.
Se o papa é infalível, como diz o dogma da igreja. Se ele não erra, porque ha necessidade de se pedir desculpas. O tempo mostrou quem estava errado na ocasião. Mas então a grande questão é: Por que persiste um dogma como esse – "infalibilidade papal" até os dias de hoje?
Outras religiões centralizam em suas doutrinas, fatos, datas ou situações que da mesma forma acabam fornecendo indícios que podem ser ou não comprovados. É claro que se tenta evitar ao máximo esses "indícios doutrinais" por adotar um ensinamento baseado na subjetividade. Por outro lado, há de fato algumas doutrinas que jamais poderão ser confirmadas, como a imortalidade da alma, por exemplo. (ver: um dragão em minha garagem).
A respeito da postura de se adotar a subjetividade como elemento primário de uma doutrina há uma história curiosa: (ver Calculando sob o resultado 2).
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