sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Tendências 1


Milhões de pessoas todo ano fazem peregrinações a diversos santuários espalhados pelo mundo. Nessas peregrinações, diversas pessoas vão para fazerem e pagarem promessas por graças e curas. Devido ao imenso número de pessoas que continuam a ir anualmente a esses lugares para solicitar curas de diversas enfermidades, era de se esperar que as estatísticas realizadas (queremos dizer estatísticas sérias e comprovadas por pessoas ou instituições idôneas) mostrassem um grande número de curas. No entanto o que se vê é apenas uma ligeira melhora em pessoas portadoras de doenças psicossomáticas. Por exemplo, em casos de câncer, o número de ocorrências de reversão do quadro clinico, é bem menor que a reversão espontânea registrada em diversos hospitais. Além disso, mesmo no caso das melhoras de pessoas com doenças psicossomáticas, o número de casos, é estatisticamente menor do que aqueles registrados em pesquisas com placebo. Sendo assim o que se pode afirmar com certeza, é que se você tem uma doença grave, tanto faz você ficar em casa ou ir a um santuário fazer promessas, alias o melhor mesmo é procurar rapidamente um bom médico.
Em vista disso, uma questão pode ser levantada: Se não existe efeito comprovado, porque milhões de pessoas em todo o mundo, continuam a fazer peregrinações a esses lugares (muitas vezes a altos custos)? Após algumas analises, poderíamos dizer que a resposta é um tanto obvia: Temos uma nata tendência à crendice. Acreditamos sem reservas em nossa percepção, porém desconsideramos o fato de que nossa percepção é falha e nos engana muito. Quem nunca brincou quando criança (e muitas vezes quando adulto também) em achar padrões em nuvens formadas no céu. Ver animais, rosto e, faces são as coisas mais normais. Isso porque em nosso cérebro está implícito o reconhecimento desse tipo de forma em elementos abstratos. Assim não é raro vermos multidões de pessoas aglomerarem-se para ver uma aparição de um santo ou mesmo da virgem Maria em uma mancha de mofo na parede ou mesmo em uma mancha em um vidro de alguma janela.

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