Uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, inválido, ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica ou emotiva, mas não validade lógica.
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).
Estaremos, nos próximos posts, apresentando uma série de falácias contendo exemplos úteis de suas falhas lógicas.
Falácias de Dispersão
Cada uma destas falácias caracteriza-se pelo uso ilegítimo de um operador lógico, uso que desvia a atenção do auditório da falsidade de uma certa proposição. Falácias de dispersão:
Falso Dilema (mau uso operador "ou")
Apelo à Ignorância (mau uso operador "não")
Derrapagem (mau uso operador "se - então")
Pergunta Complexa (mau uso operador "e")
Apelo à Ignorância (argumentum ad ignorantiam)
Definição:
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que assume que todas as proposições têm de ser actualmente conhecidas como sendo verdadeiras ou falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma prova." (p. 59)
Exemplos:
(i) Já que você não pode provar que fantasmas não existem, eles existem sim.
(ii) Já que os cientistas não podem provar que acontecerá o aquecimento global, ele provavelmente não ocorrerá.
(iii) Fred disse que era mais esperto do que Jill, mas não o provou. Portanto, isso deve ser falso.
Prova:
Identifique a proposição em questão. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou falsa) mesmo que, por enquanto, não o saibamos.
Referências:
Copi e Cohen: 93, Davis: 59
Declive Escorregadio (Derrapagem)
Definição:
Para mostrar que uma proposição P é inaceitável, extraiem-se conseqüências inaceitáveis de P e conseqüências das conseqüências... O argumento é falacioso quando pelo menos um dos seus passos é falso ou duvidoso. Mas a falsidade de uma ou mais premissas é ocultada pelos vários passos "se-então" que constituem o todo do argumento.
Exemplos:
(i) Se aprovamos leis contra as armas automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis contra todas as armas, e então começaremos a restringir todos os nossos direitos. Acabaremos por viver num estado totalitário. Portanto não devemos banir as armas automáticas.
(ii) Nunca deves jogar. Uma vez que comeces a jogar verás que é difícil deixar o jogo. Em breve estarás a deixar todo o teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, pode acontecer que te vires para o crime para suportar as tuas despesas e pagar as dívidas.
(iii) Se eu abrir uma excepção para ti, terei de abrir excepções para todos.
Prova:
Identifique a proposição, P, que está a ser refutada e identifique o evento final, Q, da série de eventos. Depois mostre que este evento final, Q, não tem de ocorrer como conseqüência de P.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 137
Pergunta Complexa
Definição:
Dois tópicos sem relação, ou de relação duvidosa, são conjugados e tratados como sendo uma única proposição. Pretende-se que o auditório aceite ou rejeite ambas quando, de fato, uma pode ser aceitável e a outra não. Trata-se de um uso abusivo do operador "e".
Exemplos:
(i) Deves apoiar a educação familiar e o Direito, dado por Deus, de os pais educarem os filhos de acordo com as suas crenças.
(ii) Apoias a liberdade e o direito de andar armado?
(iii) Já deixaste de fazer vendas ilegais? (São duas questões: já cometeste ilegalidades? Já te deixaste disso?)
Prova:
Identifique as duas proposições conectadas e mostre que acreditar numa não implica acreditar na outra.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 86, Copi e Cohen: 96
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).
Estaremos, nos próximos posts, apresentando uma série de falácias contendo exemplos úteis de suas falhas lógicas.
Cada uma destas falácias caracteriza-se pelo uso ilegítimo de um operador lógico, uso que desvia a atenção do auditório da falsidade de uma certa proposição. Falácias de dispersão:
Falso Dilema (mau uso operador "ou")
Apelo à Ignorância (mau uso operador "não")
Derrapagem (mau uso operador "se - então")
Pergunta Complexa (mau uso operador "e")
Falso Dilema
Definição:
É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas duas), quando de fato há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador "ou".
Pôr as questões ou opiniões em termos de "ou sim ou não" gera, com frequência (mas nem sempre), esta falácia.
Exemplos:
(i) Estás por mim ou contra mim.
(ii) América: ama-a ou deixa-a.
(iii) Ou suportas Meech Lake ou o Quebec separa-se.
(iv) Uma pessoa ou é boa ou é má.
Prova:
Identifique as opções dadas e mostre (de preferência com um exemplo) que há pelo menos uma opção adicional.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 136
Definição:
É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas duas), quando de fato há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador "ou".
Pôr as questões ou opiniões em termos de "ou sim ou não" gera, com frequência (mas nem sempre), esta falácia.
Exemplos:
(i) Estás por mim ou contra mim.
(ii) América: ama-a ou deixa-a.
(iii) Ou suportas Meech Lake ou o Quebec separa-se.
(iv) Uma pessoa ou é boa ou é má.
Prova:
Identifique as opções dadas e mostre (de preferência com um exemplo) que há pelo menos uma opção adicional.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 136
Apelo à Ignorância (argumentum ad ignorantiam)
Definição:
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que assume que todas as proposições têm de ser actualmente conhecidas como sendo verdadeiras ou falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma prova." (p. 59)
Exemplos:
(i) Já que você não pode provar que fantasmas não existem, eles existem sim.
(ii) Já que os cientistas não podem provar que acontecerá o aquecimento global, ele provavelmente não ocorrerá.
(iii) Fred disse que era mais esperto do que Jill, mas não o provou. Portanto, isso deve ser falso.
Prova:
Identifique a proposição em questão. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou falsa) mesmo que, por enquanto, não o saibamos.
Referências:
Copi e Cohen: 93, Davis: 59
Declive Escorregadio (Derrapagem)
Definição:
Para mostrar que uma proposição P é inaceitável, extraiem-se conseqüências inaceitáveis de P e conseqüências das conseqüências... O argumento é falacioso quando pelo menos um dos seus passos é falso ou duvidoso. Mas a falsidade de uma ou mais premissas é ocultada pelos vários passos "se-então" que constituem o todo do argumento.
Exemplos:
(i) Se aprovamos leis contra as armas automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis contra todas as armas, e então começaremos a restringir todos os nossos direitos. Acabaremos por viver num estado totalitário. Portanto não devemos banir as armas automáticas.
(ii) Nunca deves jogar. Uma vez que comeces a jogar verás que é difícil deixar o jogo. Em breve estarás a deixar todo o teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, pode acontecer que te vires para o crime para suportar as tuas despesas e pagar as dívidas.
(iii) Se eu abrir uma excepção para ti, terei de abrir excepções para todos.
Prova:
Identifique a proposição, P, que está a ser refutada e identifique o evento final, Q, da série de eventos. Depois mostre que este evento final, Q, não tem de ocorrer como conseqüência de P.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 137
Pergunta Complexa
Definição:
Dois tópicos sem relação, ou de relação duvidosa, são conjugados e tratados como sendo uma única proposição. Pretende-se que o auditório aceite ou rejeite ambas quando, de fato, uma pode ser aceitável e a outra não. Trata-se de um uso abusivo do operador "e".
Exemplos:
(i) Deves apoiar a educação familiar e o Direito, dado por Deus, de os pais educarem os filhos de acordo com as suas crenças.
(ii) Apoias a liberdade e o direito de andar armado?
(iii) Já deixaste de fazer vendas ilegais? (São duas questões: já cometeste ilegalidades? Já te deixaste disso?)
Prova:
Identifique as duas proposições conectadas e mostre que acreditar numa não implica acreditar na outra.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 86, Copi e Cohen: 96
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